Dei de ombros e me despedi do Erick, passei por eles enquanto falavam com meu melhor amigo.
[...]
Estava caminhando e me arrependi por ter saído tão tarde da casa do Erick, já estava bem escuro. Estava tudo silencioso e pulei de susto quando ouvi risadas atrás de mim.
Ótimo, tudo que eu precisava era aquele grupo de garotos atrás de mim, comecei a apressar o passo e pelo jeito eles também, que raiva! Virei a esquina e suspirei de alívio, mas isso não durou muito tempo, eles logo vieram pelo mesmo caminho que eu. Entrei em panico, pois não podia ser coincidência. Eles estavam me seguindo? Só pode. Já estava bem aflita quando eles me alcançaram e me pegaram pelo braço me arrastando, comecei a gritar e espernear. Eles colocaram alguma espécie de pano que abafou meus gritos, mas que porr@ tava acontecendo ali? Quem eram eles e oque eles queriam?
Eles não paravam de rir, e conversar coisas nojentas. Foi quando o menino que estava me segurando do lado direito virou para o lado e eu aproveitei e me soltei, dando um chute desajeitado no menino que estava do lado esquerdo. Feito isso corri o mais rápido que pude. Então veio uma lembrança, os meus sonhos, na verdade, os meus pesadelos, era isso oque eu havia sonhado tantas vezes. Quando vi que estava fora da visão, ou até talvez fora do alcance deles, diminui meu passo, mas não parei de correr. Estava ofegante e assustada. Virei uma esquina e dei de caras com dois dos meninos, droga! Me pegaram de novo e dessa vez eu tinha certeza que eu não teria chance de fugir...
- Penso que iria conseguir fugir? - um dos caras falou em meu ouvido, esse era alto e loiro, com os olhos profundamente negros.
Continuaram a me arrastar até um prédio abandonado, não era exatamente como no sonho, mas era parecido.. Me jogaram no chão de modo que com que eu caísse de joelho, senti o impacto e meu joelho sendo rasgado. Isso fez com que caísse pro lado. Contei ao todo 7 garotos, um deles estava amarrando meus pés e minha mãos, e colocando aquele mesmo pano na minha boca.
Os outros 6 foram para um canto iluminado, estavam conversando entre eles, estava tentando ouvir, olhei pra eles e observei que eles eram até bonitos, mas eles agora me davam nojo!
[...]
Já devia ter se passado uma hora e meia que eu estava ali, eu estava tão desajeitada e dolorida... Tava jogada no meio daquele cômodo que antes acho que era um hotel de luxo mas agora estava todo empoeirado e cheio de teias de aranhas, com ratos e baratas passando de um lado para o outro, a procura de comida. Me encolhi de nojo e um pouco de frio. Fiz um ruído com a garganta e eles olharam na minha direção, falaram alguma coisa entre si e um se levantou da onde estavam sentados e veio até, era o mesmo que estava me amarrando antes.
Me pegou no colo, seu braço direito embaixo dos meus joelhos e seu braço esquerdo segurou meu pescoço, eu estava mole e cansada. Ele andou até outro canto, só que este muito mais escuro, me largou em sofá, acho. Depois foi até um interruptor velho e ligou a luz, que primeiramente ficou piscando e depois acendeu, me cegando com sua claridade. Pude ver como era o menino. Esse era loiro também e seu cabelo tinha um tom dourado brilhante, olhos verdes e até um pouco musculoso.
Não era um sofá e sim uma cama, porra, como eles tinham aquilo, eles eram uma gangue que matavam ou sequestravam meninas pra depois pedir resgate?? Ou simplesmente não foram com a minha cara e quiseram me manter acorrentada e fazer com que eu morra de sede? Porque minha boca estava seca, nem saliva havia mais.
Fiquei de olhos fechados até me acostumar. Quando abri meus olhos, o tal menino estava sorrindo para mim e depois saiu me deixando sozinha e com sede.
Fiz mais um ruído e pedi água, outro menino veio com uma garrafinha de tamanho médio e provavelmente aquilo era água. Moreno e baixinho, com o rosto meio achatado.
Ele encostou o bico da garrafa e foi inclinando, de modo que a água molhasse a minha boca e algumas gotas escorregassem para os lados, molhando um pouco da minha camiseta.
Quando não quis mais, empurrei a cabeça para cima. O menino voltou para seu lugar e tentei me ajeitar, e isso era quase impossível, com as mãos e o pés amarrados e pra piorar, um pano nojento em sua boca.
Mas ao tentar ficar confortável, achei um pedaço do que deveria ser um prego, e era afiado. Fui pulando até ele com a idéia de tentar cortar a corda... Não sei se iria dar certo, mas era eu tentar isso, ou ficar ali naquele estado.
[...]
Sinceramente... estava muito difícil, mas depois de alguns longos minutos, obtive sucesso e consegui me desamarrar.
A outra coisa que eu tinha que fazer era sair daquele lugar sem eles me virem, já que era difícil, pois tinha dois meninos na porta, um de cada lado. E o resto estava sentado naquelas cadeiras no outro canto. "Tem que ter uma saída nos fundos!!" pensei, esperei mas alguns segundos e decidi para desligarem algumas luzes, para poder dormir, e assim fizeram, agora com a claridade pequena, me deitei, fingindo que estava pegando no sono.
Assim que eles pararam de prestar tanta atenção, e um já estava até dormindo, me levantei vi que não tinha desamarrado meus pés. "Ótimo, esperta!" briguei comigo por pensamento.
Eu já estava pronta pra levantar, fiz tudo em silêncio, quase não respirava. Fitei uma porta de vidro, com detalhes de uma cor de ferrugem, que um dia deveria ter sido dourada. Abri a mesma e fui para uma sala com um fedor de poeira mais pesado, tapei meu nariz para não ter um ataque de espirro. Vi uma porta de madeira velha meio encostada, fu até ela e abri ela.
Ao fazer isso, imediatamente senti o cheiro da noite, mas não podia ficar apreciando isso agora. Corri até um corredor que saia em um beco.
Foi então que senti a pancada na minha nuca, primeiro veio a dor e depois a escuridão.
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Hey Girls!
Demorei mas postei, oque acharam do capítulo?
E porque a (seu nome) foi sequestrada??
Posto o próximo capítulo com 5 cometários.
Bejo&Bejo
